Pelos levantamentos do
Comitesinos o Rio dos Sinos tem sua nascente no município de Caraá e deságua no
estuário do Guaíba. São 190 quilômetros de percurso, com mais de 3,3 mil
quilômetros de rios secundários e arroios. Na área envolvida em sua bacia,
estimada em quatro mil quilômetros quadrados, vamos encontrar 32 municípios do
estado do Rio Grande do Sul.
Historicamente ele é
lembrado por ter servido de acesso aos primeiros grupos de moradores da região,
em 1780, com a implantação da Real Colônia de Linho Cânhamo pela Coroa
Portuguesa. A seguir, veio a vez do rio servir de caminho e apoio para
transporte e prestação de inestimáveis serviços aos colonos alemães chegados ao
País. Nas décadas seguintes, o Sinos continuou tendo importante papel na
ligação das povoações ribeirinhas e da região com a capital Porto Alegre, além
do importante papel que a água tem para a vida das comunidades em seus
múltiplos usos e com conseqüente deteriorização, na falta dos cuidados
necessários.
Pela mortandade de peixes
ocorrida no ano 2006, o mau estado em que se encontra agora o nosso Rio dos
Sinos passou a ser notícia internacional. A imagem das toneladas de peixes
boiando mortos em suas águas veio, dura, para lembrar que não lhe estamos dando
a devida atenção.
Com a criação do
Consórcio Pró Sinos, no ano 2007, os governos municipais passaram a dispor de
condições para conseguir recursos necessários ao atendimento dos pesados
investimentos para enfrentar o problema maior, o esgoto cloacal lançado ao rio
sem tratamento.
O outro grande
complicador da qualidade das águas, os resíduos industriais, já recebera toda
uma regulamentação e fiscalização devidamente normatizadas e, agora, diante da
cobrança maciça da população, passando a ter uma maior atenção.
E a atenção que a
população deve ter com o nosso rio? Hoje, na bacia do Rio dos Sinos vivem mais
de dois milhões de habitantes. Eles precisam estar em estado de alerta
permanente para resolver os problemas criados por eles, mesmo. O rio não pode
continuar sendo o depósito de tanta sujeira e tanto lixo. Para isso é preciso
que cada um assuma a sua parte no sentido de não estragá-lo mais, passando a
lutar pela sua recuperação.
Devem ser utilizados os
instrumentos possíveis, para fazer com que esta população esteja
permanentemente conscientizada e ativada neste sentido. Também,
permanentemente, cobrar e apoiar as forças dos poderes instituídos, executivo,
legislativo e judiciário, de cada município, procurando mobilizar os moradores
em suas igrejas, escolas, clubes esportivos, clubes sociais, empresas, seus
sindicatos patronais e de trabalhadores, no sentido de conseguir ser dada
atenção á limpeza e qualidade das águas do NOSSO RIO.
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