quinta-feira, 18 de abril de 2013

17 de março, dia do Rio dos Sinos


Pelos levantamentos do Comitesinos o Rio dos Sinos tem sua nascente no município de Caraá e deságua no estuário do Guaíba. São 190 quilômetros de percurso, com mais de 3,3 mil quilômetros de rios secundários e arroios. Na área envolvida em sua bacia, estimada em quatro mil quilômetros quadrados, vamos encontrar 32 municípios do estado do Rio Grande do Sul.
Historicamente ele é lembrado por ter servido de acesso aos primeiros grupos de moradores da região, em 1780, com a implantação da Real Colônia de Linho Cânhamo pela Coroa Portuguesa. A seguir, veio a vez do rio servir de caminho e apoio para transporte e prestação de inestimáveis serviços aos colonos alemães chegados ao País. Nas décadas seguintes, o Sinos continuou tendo importante papel na ligação das povoações ribeirinhas e da região com a capital Porto Alegre, além do importante papel que a água tem para a vida das comunidades em seus múltiplos usos e com conseqüente deteriorização, na falta dos cuidados necessários.
Pela mortandade de peixes ocorrida no ano 2006, o mau estado em que se encontra agora o nosso Rio dos Sinos passou a ser notícia internacional. A imagem das toneladas de peixes boiando mortos em suas águas veio, dura, para lembrar que não lhe estamos dando a devida atenção.
Com a criação do Consórcio Pró Sinos, no ano 2007, os governos municipais passaram a dispor de condições para conseguir recursos necessários ao atendimento dos pesados investimentos para enfrentar o problema maior, o esgoto cloacal lançado ao rio sem tratamento.
O outro grande complicador da qualidade das águas, os resíduos industriais, já recebera toda uma regulamentação e fiscalização devidamente normatizadas e, agora, diante da cobrança maciça da população, passando a ter uma maior atenção.
E a atenção que a população deve ter com o nosso rio? Hoje, na bacia do Rio dos Sinos vivem mais de dois milhões de habitantes. Eles precisam estar em estado de alerta permanente para resolver os problemas criados por eles, mesmo. O rio não pode continuar sendo o depósito de tanta sujeira e tanto lixo. Para isso é preciso que cada um assuma a sua parte no sentido de não estragá-lo mais, passando a lutar pela sua recuperação.
Devem ser utilizados os instrumentos possíveis, para fazer com que esta população esteja permanentemente conscientizada e ativada neste sentido. Também, permanentemente, cobrar e apoiar as forças dos poderes instituídos, executivo, legislativo e judiciário, de cada município, procurando mobilizar os moradores em suas igrejas, escolas, clubes esportivos, clubes sociais, empresas, seus sindicatos patronais e de trabalhadores, no sentido de conseguir ser dada atenção á limpeza e qualidade das águas do NOSSO RIO.


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